OPINIÕES
JOSÉ MARIA FILARDO BASSALO: FÍSICO PARAENSE, RESISTENTE AO ARBÍTRIO DO TEMPO ¹
José Eduardo Ferraz Clemente e Olival Freire Junior
Mestrado em Ensino, Filosofia e História das Ciências (UFBA-UEFS) Instituto de Física – Universidade Federal da Bahia
Quarenta anos atrás, abril de 1964, o país iniciou uma das mais graves crises políticas de sua história. A ditadura militar deixou marcas profundas nos mais variados setores da sociedade e, como não poderia deixar de ser, em nossas universidades. Grandes intelectuais e muitos dos melhores cientistas tiveram suas trajetórias de vida e carreiras acadêmicas, entrecruzadas pela conjuntura política que se abateu sobre nosso país durante esses praticamente 21 anos de regime militar. Assim foi um pouco a trajetória do físico e engenheiro civil paraense José Maria Filardo Bassalo. Apresentaremos a trajetória de Bassalo em meio às vicissitudes criadas pelo regime militar. Veremos como a sua determinação de aprimorar a sua formação em física, converter-se em um físico paraense, foi o fator responsável por ele ter resistido às intempéries do tempo. A vida de Bassalo condensa, portanto, tanto os desafios existentes para se formar físicos quanto os obstáculos enfrentados por toda uma geração de brasileiros.
Nascido em 10 de setembro de 1935 em Belém do Pará, Bassalo formou-se engenheiro civil em 1958 pela antiga Escola de Engenharia do Pará, atual Universidade Federal do Pará (UFPA), e, nesse mesmo ano, foi fazer estágio no Laboratório de Ensaios de Materiais do Instituto Tecnológico da Aeronáutica (ITA). Em 1962, Bassalo decide estudar física no Rio de Janeiro e a escolha se deu em função do curso a que assistiu sobre Física Atômica – baseado no livro do professor Leite Lopes: “Introdução à Teoria Atômica da Matéria” –, no Núcleo de Física e Matemática da então Universidade do Pará onde lecionava. O curso fora ministrado pelo seu amigo e professor Carlos Alberto Dias, recém-bacharelado em física pela Faculdade Nacional de Filosofia (FNFI) da Universidade do Brasil, e pelo Centro Brasileiro de Pesquisas Físicas (CBPF), onde havia sido aluno dos professores Leite Lopes e Jayme Tiomno. No ano seguinte então – inclusive arrastado por circunstâncias familiares –, o professor Bassalo foi ao Rio de Janeiro. Lá chegando, foi conhecer o Centro Brasileiro de Pesquisas Físicas, e seu amigo Dias o apresentou ao professor Jayme Tiomno, que passa a contribuir decisivamente para a sua carreira acadêmica e com quem o professor Bassalo mantém amizade até os dias de hoje (Sobre a decisão de estudar física no Rio de Janeiro, ver José Maria Filardo BASSALO, Crônicas da Física, Tomo 6, p. 2039.).
A Universidade de Brasília, uma nova esperança
A criação de uma nova universidade no Brasil, a Universidade de Brasília, incendiou a imaginação de muitos intelectuais brasileiros, que viram naquela possibilidade a perspectiva de criar uma verdadeira universidade, sem os ranços característicos de muitas universidades brasileiras. Para os físicos brasileiros, e os aspirantes a esse título, a nova universidade trazia um apelo especial. Ela trazia de volta ao país um dos nossos melhores físicos, Roberto Aureliano Salmeron, que havia feito carreira na Europa. Salmeron atraiu Jayme Tiomno, que estava no Rio de Janeiro. Os projetos envolviam a construção de um acelerador de partículas. Muitos jovens saíram do Rio de Janeiro para completar sua formação em Física na nova universidade, sob a liderança de Salmeron e de Tiomno. Bassalo estava entre eles.
Em março de 1965, aos 29 anos de idade, Bassalo transfere-se para Brasília a fim de estudar física na recém-criada Universidade de Brasília (UnB). Passados praticamente doze meses da implantação do golpe militar, o professor Bassalo, conjuntamente com outros paraenses, seguiu para o Instituto Central de Física da Universidade de Brasília (ICF/UnB). Contemplado com uma bolsa de estudo fornecida pelo Centro Latino-Americano de Física (CLAF), Bassalo bacharelou-se em física nesse mesmo ano, período de grandes conturbações políticas na UnB, devido às ingerências políticas e aos expurgos realizados pelo regime militar em todo o país e em especial naquela universidade.
O primeiro reitor da UnB foi o antropólogo Darcy Ribeiro, que ocupou o cargo de abril de 1962 ao início de 1963, quando foi convidado pelo presidente João Goulart a exercer o cargo de Chefe do Gabinete Civil da Presidência da República. (Roberto A. SALMERON, A Universidade Interrompida: Brasília 1964-1965, p. 94.) Com a sua saída, assumiu o seu vice-reitor Anísio Teixeira, que permaneceu à frente da reitoria até abril de 1964, quando foi destituído pelos militares. Começavam as intervenções militares na UnB. No dia 9 de abril, o Campus da UnB foi invadido por tropas do Exército e da Polícia Militar de Minas Gerais, numa verdadeira operação de guerra constituída de quatorze ônibus e três ambulâncias. Procuravam armas, material “subversivo”, e doze professores. Os professores foram presos e, conjuntamente com alguns estudantes e funcionários, levados para o quartel do Batalhão da Guarda Presidencial. (Ibid., p. 164.) As bibliotecas e os escritórios dos professores foram vasculhados e interditados por duas semanas. No lugar de Anísio Teixeira, foi colocado como reitor, por escolha do próprio presidente Castelo Branco, o médico e parasitologista Zeferino Vaz.
A segunda intervenção na UnB se deu no dia 11 de outubro de 1965. As tropas ocuparam o campus da Universidade, seus edifícios ficaram vigiados, as reuniões proibidas, e nem mesmo conversar entre amigos em grupos de três ou quatro pessoas era permitido pelos policiais, que logo chamavam a atenção de quem estivesse reunido. (Ibid., p. 227.) Uma semana depois, o reitor, Laerte Ramos de Carvalho, expulsou quinze professores, cujos nomes foram divulgados pelos jornais do dia 19 de outubro. Em reação às violências cometidas, 223 professores pediram demissão, ou seja, aproximadamente 80% do corpo docente da UnB. (Salmeron cita o Correio da Manhã e a Folha de São Paulo, 19 de outubro de 1965, ver Roberto A. SALMERON, A Universidade Interrompida: Brasília 1964-1965, p. 231.) A Universidade de Brasília perdeu os seus melhores quadros e se desmontou diante da sua mais profunda crise. Em meio aos demissionários de outubro de 1965, estavam 15 físicos e dentre eles o professor Bassalo que, diante de tal fato, retorna a Belém. (Os físicos que pediram demissão da UnB, além do professor Bassalo foram: Jayme Tiomno, coordenador do Instituto Central de Física; Roberto Aurelino Salmeron, coordenador-geral dos Institutos Centrais de Ciências e Tecnologia; Carlos Alberto Ferreira Lima, Carlos Alberto Garcia Canal, Dione Craveiro Pereira da Silva, Elisa Frota Pessoa, Fernando de Souza Barros, Luís Tauhata, Marco Antônio Raupp, Miguel Taube Netto, Ramiro de Porto Alegre Muniz, Suzana de Souza Barros, Walter Cordeiro Skroch e o professor visitante Michel Paty, Ibid., p. 236.)
De volta a sua terra natal, o professor Bassalo retoma as suas atividades docentes no Núcleo de Física e Matemática, onde ministra um curso de Cálculo Avançado, sendo transferido em 1967 para a Escola de Engenharia Elétrica, onde passa a ensinar o curso de Eletromagnetismo, dentre outros. Ainda nesse mesmo ano, o professor Jayme Tiomno vai para São Paulo, pois conquista a cátedra de Física Superior da Faculdade de Filosofia, Ciências e Letras da Universidade de São Paulo (USP). Em função disso, o professor Bassalo segue para São Paulo em março de 1968, com o objetivo de iniciar o seu curso de pós-graduação em Fisica. Ao chegar lá, entra em contato com outros professores, dentre eles o físico Mauro Cattani, que viria a ser seu orientador de pesquisas tanto no mestrado quanto no doutorado, além de ter se tornado um grande amigo. (José Maria Filardo BASSALO, Crônicas da Física, Tomo 6, p. 2042.)
Apesar do bom relacionamento e do bom ambiente de pesquisas que se estabelecia, os ventos políticos do país mudavam. A ditadura militar chegara a sua fase mais dura a partir de 13 de dezembro de 1968, era a implantação do Ato Institucional número 5 (AI-5). Inaugurava-se um novo capítulo da repressão política implementada desde o golpe de 1964, o autoritarismo e o embrutecimento do regime chegaram ao seu apogeu. Era a supremacia da chamada “linha dura”, encarnada na figura do então general Presidente Costa e Silva.
Alguns dias depois de decretado o AI-5, um fato marcaria significativamente a trajetória acadêmica do professor Bassalo. Na madrugada do dia 17 de dezembro de 1968, o conjunto residencial universitário da Universidade de São Paulo (CRUSP), onde morava juntamente com outros estudantes de pós-graduação, foi invadido por tropas do Segundo Exército e da Policia Militar de São Paulo. Uma verdadeira operação de guerra movida por cerca de 17 tanques do exército, que manobravam em frente às moradias universitárias. (Ibid., p. 2156.)
Depois das revistas de apartamento em apartamento, cerca de mil estudantes foram levados à Prisão Tiradentes onde, após serem fichados, caminhavam para as suas respectivas celas. Por volta de vinte e duas horas, um delegado de plantão anunciou que tinha em mãos uma lista com o nome de alguns estudantes que seriam soltos. Eram os alunos da pós-graduação, dentre eles o professor Bassalo. O professor Jayme Tiomno intercedeu pelos alunos ao reitor Helio Lourenço de Oliveira que por sua vez, dirigiu-se ao comando do Primeiro Exército, conseguindo assim a tal ordem de soltura (Ibid., p. 2159.). Mesmo depois da prisão e, em decorrência dela, outras dificuldades viriam.
O regime aumentava a repressão e, no ano seguinte, continuariam os expurgos. No mês de março de 1969, foram aposentados compulsoriamente por meio de Decreto, com base no AI-5, pelo menos 66 professores, dentre eles os físicos José Leite Lopes, Jayme Tiomno e Mário Schenberg, além de outros grandes cientistas dos mais diversos campos do conhecimento. Alguns anos depois, o professor Bassalo seria também prejudicado pelo contexto de arbitrariedades engendradas pelo regime político que então vigorava.
Cassações brancas
Além das perseguições convencionais, tais como prisões, demissões, aposentadorias compulsórias, o regime militar foi violento nas prisões, nas manifestações de rua, nos seqüestros e nas torturas. Criou também mecanismos sutis, tais como o que se convencionou denominar cassações brancas. Essa forma de perseguição foge às estatísticas e às possibilidades de mensuração. Não pode ser descrita por meio dos processos formais movidos pela ditadura militar contra cidadãos comuns ou militares, tampouco como os que podemos identificar nas listas de “mortos e desaparecidos” (O Projeto Brasil Nunca Mais conseguiu reunir cópias da quase totalidade dos processos políticos que transitaram pela Justiça Militar entre abril de 1964 e março de 1979, principalmente os que chegaram ao Supremo Tribunal Militar (STM), ver Projeto Brasil: nunca mais, p. 22. Para a lista de “mortos e desaparecidos” durante a ditadura, ver Branca ELOYSA (Org.) I Seminário do Grupo Tortura Nunca Mais: depoimentos e debates, p. 148 e também o site: : http://www.torturanuncamais-rj.org.br/M_D.asp. Acesso em: 11 de jul. 2004. Em contrapartida, as cassações brancas carecem de maior apreciação por parte dos historiadores.).
A denominação cassações brancas, que aqui mantemos, foi usada na própria época, pelos opositores do regime militar, como contraste às cassações que eram formalizadas juridicamente. As sutilezas desses mecanismos de perseguição política podem ter se iniciado desde os primeiros dias da implantação do golpe militar de 1964, à medida que os cidadãos ficaram vulneráveis às condições políticas e ideológicas impostas pela nova conjuntura. Diante de tais circunstâncias, muitos perderam os seus empregos ou oportunidades por razões políticas.
O processo de cassações brancas ainda não foi extensivamente estudado por historiadores. Evidências de seu funcionamento, entretanto, têm aparecido aos poucos. Um bom exemplo apareceu no volume de entrevistas por ocasião dos 50 anos de criação da CAPES. Suzana Gonçalves, Diretora Executiva da Capes entre 1964 e 1966, declara em entrevista que, ao assumir, teve dificuldade em administrar a crise institucional e política instalada pela Ditadura que, logo nos primeiros dias de abril, afastou Anísio Teixeira e Almir de Castro da direção da Capes. Ao ser perguntada por que deixou a direção da Capes em 1966, Suzana Gonçalves declara que naquela data estava havendo um fechamento do regime e que ela não estava mais se sentindo confortável no cargo. Gonçalves acrescenta que quando retornou à Capes como assessora de programas, em 1970, o agente do SNI chegou a fazer uns questionários para os candidatos à bolsa de estudos: “… tínhamos que preencher o nome do bolsista, sua proveniência, seus compromisso com a Capes. Depois, para serem respondidas pelos bolsistas, vinham umas perguntinhas, entre as quais uma totalmente risível: “Gosta de música?” Obviamente, se fosse um comunista de verdade, só responderia Mozart e Beethoven, porque era escolado, mas se não fosse e escrevesse Geraldo Vandré, estaria perdido… “(Marieta de Morais FERREIRA e Regina da Luz MOREIRA (Orgs.), CAPES, 50 anos: Depoimentos ao CPDOC/FGV, p. 53.). Esse dado retrata bem o clima de vigilância, e, por que não dizer, de espionagem presente nas universidades, sindicatos, enfim, em todo e qualquer ambiente que pudesse ser considerado estratégico, no combate à “subversão” e retrata muito bem o que podemos denominar cassação branca.
Assim se deu também com o físico e professor Bassalo. Durante o seu mestrado, recebeu um convite do professor P. Barchewitz, do Laborratoire d´Infrarouge, Faculté des Sciences, Orsay, em Paris, para realizar um trabalho que resultaria na conclusão da sua dissertação. O professor Mauro Sérgio Dorsa Cattani, encontrava-se em Orsay realizando pesquisas sobre “Formas de Linhas Espectrais” e foi neste assunto que orientou a tese de mestrado do professor Bassalo. A expectativa deste foi frustrada, pois a solicitação de bolsa de estudo que fez ao CNPq só saiu depois que seu orientador já havia retornado ao Brasil. Em razão de tais dificuldades de sair do país o professor Bassalo, de acordo com o orientador, decidiu que seus estudos deveriam ser feitos na USP. E assim foi feito. Concluiu o mestrado em 1973 e o doutorado em física em 1975.
Ao término do doutorado, tentou fazer a sua segunda viagem a Orsay, desta vez para realizar pós-doutoramento. Conseguindo a tão sonhada bolsa do CNPq, esbarrou nos serviços de “inteligência” da ditadura. O Serviço Nacional de Informações (SNI) argumentava que o fato de o professor Bassalo ter morado no CRUSP, e em decorrência disso ter sido preso naquela ocasião, tornava-o um “elemento” subversivo. Consideravam-no responsável pela direção de um núcleo comunista em Belém. O resultado foi a não concessão da licença para a viagem por parte do Ministério da Educação (MEC) para a realização de seus estudos (Ibid., p. 2149.).
Em 1978 uma terceira tentativa seria frustrada. Dessa vez o convite foi feito pelo professor H. Van Regemorter, do Observatório de Paris, em Meudon. Realizaria estudos em “Forma de Linhas Espectrais”, com o professor Cattani. Novamente com bolsa, o seu pedido de licença fora mais uma vez negado. Dessa vez a justificativa foi mais interessante ainda. Verificou-se que o professor Regemorter era considerado persona non grata pelos militares, pois tinha cometido o “pecado” de assinar um manifesto contra a presença dos Estados Unidos no Vietnã (Ibid., p. 2150.).
Enquanto as cassações brancas continuavam por toda parte, nesse mesmo ano de 1978, a Sociedade Brasileira de Física (SBF) alertava para o problema e protestava contra o aumento cada vez mais crescente de restrições políticas ao desempenho de atividades científicas. A Secretaria Regional da SBF do Estado de São Paulo, em 19 de setembro denunciava:
Nos últimos meses uma forma mais sutil de repressão, atingindo um número crescente de pessoas ligadas ao meio universitário, passou a ser denunciada por organizações científicas, como a Sociedade Brasileira de Física. O professor ou pesquisador não é mais preso ou aposentado e muitas vezes nem mesmo perde o seu emprego. Simplesmente lhe são negadas certas condições essenciais para o exercício pleno da sua profissão. As chamadas cassações brancas ocorrem de várias formas:
(…) Um pesquisador ou bolsista que deseja viajar ao exterior é obrigado a entregar um formulário preenchido, com noventa dias de antecedência, onde devem constar informações curiosas como, por exemplo, as suas residências anteriores desde a idade de 18 anos. Já houve casos de pessoas que esqueceram de listar um local de residência e tiveram o formulário devolvido. No caso de um pesquisador visitante estrangeiro os formulários são ainda mais peculiares – há alguns quesitos que no fundo exigem a declaração das preferências políticas do visitante … ” (Sociedade Brasileira de Física, Boletim Informativo, nº 4, ano 9, 1978.).
Em meio aos desvios de sua trajetória acadêmica, o físico e professor José Maria Filardo Bassalo enfrentou toda a adversidade de um contexto em que as dificuldades pareciam se tornar cada dia mais intransponíveis. Contudo, torna-se professor adjunto da Universidade Federal do Pará, conquistando a condição de professor titular em 1989.
As cassações brancas a que o professor Bassalo foi sujeito estavam vinculadas a um contexto político, em que novas formas de repressão aos poucos tomavam forma. As “peças da engrenagem” de uma ditadura militar, já sem milagre e quase sem fôlego, anunciavam sinais de cansaço, mas, mesmo assim, as perseguições continuavam.
Conclusão
Bassalo é um dos físicos que teve a sua carreira prejudicada pelo arbítrio reinante na ditadura militar. Ela lhe ceifou importantes possibilidades de aperfeiçoamento no exterior. Bassalo, entretanto, não se curvou às adversidades de seu tempo. Concluiu sua formação em Física, e contribuiu de modo fundamental para o ensino e a pesquisa em Física no Pará. Além dessa contribuição tipicamente paraense, Bassalo tem dedicado parte de suas energias intelectuais a outro empreendimento que extrapola as fronteiras do Pará. Falamos aqui da sua atividade como historiador da Física, ou como “cronista” da Física, como ele gosta de se denominar. Em qualquer biblioteca de Física nesse enorme país, existem estudantes que estão consultando as “Crônicas da Física”, um dos projetos mais ambiciosos e mais bem-sucedidos dos muitos empreendidos pelo físico paraense José Maria Filardo Bassalo.
Referências
BASSALO, José Maria Filardo. Crônicas da Física, Tomo 6. Belém: EDUFPA, 2001.
CAPES, 50 anos: Depoimentos ao CPDOC/FGV/ Organizadoras Marieta de Morais Ferreira e Regina da Luz Moreira. Brasília, DF: CAPES, 2002. 343 p. il.
ELOYSA, Branca (Org.) I Seminário do Grupo Tortura Nunca Mais: depoimentos e debates. Petrópolis: Editora Vozes, 1987.
Grupo Tortura Nunca Mais: http://www.torturanuncamais-rj.org.br/M_D.asp. Acesso em: 11 de jul. 2004.
Projeto Brasil: Nunca Mais. Arquidiocese de São Paulo, Petrópolis: Editora Vozes, 1985.
SALMERON, Roberto A. A Universidade Interrompida: Brasília 1964 – 1965. Brasília: Editora UnB, 1999.
Sociedade Brasileira de Física. Cassações Brancas. Boletim Informativo, no 4, ano 9, 1978.
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1. Artigo publicado no livro: Alves, J. J. A. 2005. Múltiplas Faces da História das Ciências na Amazônia, EDUFPA.