Ontem, 12 de janeiro de 2014 e dia de aniversário de nossa querida Belém, a Prefeitura Municipal de Belém (PMB) inaugurou o Complexo Viário do Entroncamento, obra executada pela firma sulista Andrade Gutierrez (AG). Contudo, no noticiário da mídia (escrita, falada, televisada e internetada), nenhuma palavra foi dita sobre a autoria da concepção e projeto desse Complexo. Ela foi realizada por uma firma paraense, a 629-Projetos e Consultoria, dos arquitetos paraenses José Maria Coelho Bassalo e Flávio Nascimento, respectivamente, professores da Universidade Federal do Pará (UFPA) e da Universidade da Amazônia (UNAMA). O que também não foi divulgado pela referida mídia é que a contribuição da AG, o BRT, ainda em conclusão e provocando um transtorno infernal para os usuários dos transportes da antiga Belém-Brasília é, no meu entendimento, desnecessário, pelo menos nessa atual concepção, pois a solução para esse problema passa pela continuação de outras vias que, infelizmente, atingem áreas das Forças Armadas. Aliás, esse mesmo problema foi enfrentado pelos então “engenheiros rodoviários” dos extintos DNER, DER/PA e DMER/Bℓ, no período militar (1964-1985), conforme eu próprio já escrevi em jornais e na minha página na Internet. Por fim, creio ser importante sugerir à PMB que está na hora de ela criar um organismo para começar a pensar na BELÉM DE AMANHÃ, pois as nossas “condições de contorno” (meteorológicas e geológicas) são diferentes das “impostas” pelo “colonialismo tecnológico alienígena”, uma vez que é sabido que “a tecnologia não se transfere: ela se entende e se adapta às condições locais”. Para isso, portanto, é necessário que a PMB crie primeiro, em sua estrutura constitucional, uma Fundação de Amparo à Pesquisa e Desenvolvimento de Belém para começar a preparar seus funcionários atuais e futuros, objetivando estudar academicamente e, posteriormente, desenvolver tecnologias (novas ou adaptadas) para enfrentar os três grandes problemas (visíveis) de uma capital de Estado: educação, saúde e transporte.
Nota: Este artigo foi publicado no Diário do Pará, em 14 de janeiro de 2014.