FÍSICA EXPERIMENTAL PARAENSE PERDE SEU CRIADOR

No dia 4 de maio de 2012, morreu o Professor Orlando José Carvalho de Moura, nascido no dia 17 de dezembro de 1942, Mestre em Física pelo Centro Brasileiro de Pesquisas Física (CBPF), em 1976, e Doutor em Física (Livre Docente), pela Universidade Federal do Pará (UFPA) em 1977. Neste pequeno espaço jornalístico, vou aproveitar para destacar, de meu saudoso e inesquecível amigo Moura (com quem, diariamente, falava da Ciência em geral e de sua aplicação planetária, boa e má e que resultou no texto abaixo) sua capacidade inata de questionador da Natureza, pois sua filha Vânia, em um excelente artigo enviado por e-mails aos amigos de seu pai (e reproduzido por seu ex-aluno Danilo Teixeira Alves), traçou-lhe o perfil como marido, pai, pessoa íntegra, honrada, ecologista, bem como amante das duas culturas – humanística e tecnológica – definida pelo físico e escritor inglês C. P. Snow em 1959.
Em 1973, Moura e o Professor Leopoldino dos Santos Ferreira foram para o KernForschungsAnlage (KFA), em Jülich, na Alemanha, a fim de prepararem a montagem de um Laboratório de Física que seria enviado (em troca de café) à UFPA pela então Alemanha Oriental. Depois desse estágio, Moura voltou à UFPA e começou a desenvolver a Física Experimental Paraense no então Departamento de Física da UFPA. Em 1976, projetou o Laboratório de Controles Automáticos da então Escola Técnica Federal e o Laboratório de Física Aplicada da Escola Agrícola de Castanhal (PA). A partir de 1983 e até sua aposentadoria, em 1994, Moura coordenou o Projeto de Elaboração de Textos em Física, do qual resultou a edição (pela UFPA), de vários livros, inclusive dois dele próprio: Mecânica Quântica (1984) e Introdução à Teoria da Relatividade (1997). Em 1986, coordenou o Projeto Nova Universidade (Convênio CEPAP/MEC/UFPA), no qual incluía o projeto Ampliação e Desenvolvimento dos Laboratórios de Eletrônica e Física Moderna (AMPLEFIM). No momento de sua incompreendida morte, Moura preparava dois livros: um sobre sua atividade como Físico Experimental, usando sua experiência holística da Física e de suas aplicações tecnológicas e, o segundo, sobre a relação entre Ciência e Arte. O Professor Moura era Membro Titular da Academia Paraense de Ciências (APC) e colaborador de seus dois livros: Diálogos sobre o Tempo (2010) e Ciência e Tecnologia: Um Diálogo Permanente (2011).

CRIAÇÃO EVOLUTIVA

O DEUS(MATEMÁTICO e MÚSICO)-UNIVERSO se autocriou. Depois criou o vácuo quântico dotado de energia negativa. Depois vibrou esse vácuo criando duas branas que se chocaram produzindo o Big-Bang. Então se fez a Cosmologia, a Física das Partículas Elementares, a Astrofísica, e a Química para mostrar como foram criadas as galáxias e as estrelas, com seus elementos químicos, base da vida na Terra. Depois se fez a Geologia para mostrar como a Terra evolui. Depois se fez a Biologia para mostrar como a vida evolui. Depois se fez a Filosofia para entender o que aconteceu. Depois se fez a Psicologia para mostrar o comportamento do ser humano. Depois se fez o Poder Político Montesquieuniano (Executivo, Judiciário e Legislativo), ditatorial ou democrático, para controlar a ambição do ser humano. Depois se fez a Economia para mostrar a diferença entre seres humanos: pobres e ricos. Depois se fez a Tecnologia para mostrar a diferença entre seres humanos: fracos e poderosos. Depois …

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